sexta-feira, 23 de novembro de 2007

christmas - Simbologia - christmas

Desde a sua origem, o Natal é carregado de magia. Gritos, cantigas, forma rudimentar do culto, um rito de cunho teatral, o drama litúrgico ou religioso medieval ganha modificações no decorrer dos séculos. Dos templos, a teatralização ganha praças, largos, ruas e vielas, carros ambulantes, autos sacramentais e natalinos. Os dignatários da Igreja promoviam espetáculos. Na evolução da história está a compreensão de todos os símbolos de Natal.
Árvore - Representa a vida renovada, o nascimento de Jesus. O pinheiro foi escolhido por suas folhas sempre verdes, cheias de vida. Essa tradição surgiu na Alemanha, no século 16. As famílias germânicas enfeitavam suas árvores com papel colorido, frutas e doces. Somente no século 19, com a vinda dos imigrantes à América, é que o costume espalhou-se pelo mundo.
Presentes - Simbolizam as ofertas dos três reis magos. Hábito anterior ao nascimento de Cristo. Os romanos celebrava a Saturnália em 17 de dezembro com troca de presentes. O Ano Novo romano tinha distribuição de mimos para crianças pobres.
Velas - Representam a boa vontade. No passado europeu, apareciam nas janelas, indicando que os moradores estavam receptivos.
Estrela - No topo do pinheiro, representa a esperança dos reis-magos em encontrar o filho de Deus. A estrela guia os orientou até o estábulo onde nasceu Jesus.
Cartões - Surgiram na Inglaterra em 1843, criados por John C. Horsley que o deu a Henry Cole, amigo que sugeriu fazer cartas rápidas para felicitar conjuntamente os familiares.
Comidas típicas - O simbolismo que o alimento tem na mesa vem das sociedades antigas que passavam fome e encontravam na carne, o mais importante prato, uma forma de reverenciar a Deus.
Presépio - Reproduz o nascimento de Jesus. O primeiro a armar um presépio foi São Francisco do Assis, em 1223. As ordens religiosas se incumbiram de divulgar o presépio, a aristocracia investiu em montagens grandiosas e o povo assumiu a tarefa de continuar com o ritual.

christmas - Saturnalia - christmas



Nem sempre o dia 25 de Dezembro foi dia de Natal. A origem da celebração deste dia parece ser muito antiga mas a filiação mais directa provêm, como tantas outras coisas, dos Romanos. Estes celebraram durante muito tempo uma festa dedicada ao deus Saturno que durava cerca de quatro dias ou mais. Nesse período ninguém trabalhava, ofereciam-se presentes, visitavam-se os amigos e, inclusivamente, os escravos recebiam permissão temporária para fazer tudo o que lhes agradasse, sendo servidos pelos amos. Era também coroado um rei que fazia o papel de Saturno. Esta festa era chamada Saturnália e realizava-se no solstício de Inverno.
Convém lembrar aqui que o solstício de Inverno era uma data muito importante para as economias agrícolas – e os Romanos eram um povo de agricultores. Fazia-se tudo para agradar os deuses e pedir-lhes que o Inverno fosse brando e o sol retornasse ressuscitado no início da Primavera. Como Saturno estava relacionado com a agricultura é fácil perceber a associação do culto do deus ao culto solar.
Mas outros cultos existiam também, como é o caso do deus Apolo, considerado como "Sol invicto", ou ainda de Mitra, adorado como Deus-Sol. Este último, muito popular entre o exército romano, era celebrado nos dias 24 e 25 de Dezembro data que, segundo a lenda, correspondia ao nascimento da divindade. Em 273 o Imperador Aureliano estabeleceu o dia do nascimento do Sol em 25 de Dezembro: Natalis Solis Invicti (nascimento do Sol invencível).
É somente durante o século IV que o nascimento de Cristo começa a ser celebrado pelos cristãos (até aí a sua principal festa era a Páscoa) mas no dia 6 de Janeiro, com a Epifania. Quando, em 313, Constantino se converte e oficializa o Cristianismo a Igreja Romana procura uma base de apoio ampla, procurando confundir diversos cultos pagãos com os seus. Desistindo de competir com a Saturnália, deslocou um pouco a sua festa e absorveu o festejo pagão do nascimento do Sol transformando-o na celebração do nascimento de Cristo. O Papa Gregório XIII fez o resto: é mais fácil mudar o calendário do que mudar a apetência do povo pelas festas...

christmas - Historia do Natal - christmas

História do NatalHistória do Natal, 25 de dezembro, história do Papai Noel, a tradição da árvore de Natal, origem do presépio, decorações natalinas, símbolos natalinos
Origem do Natal e o significado da comemoração
O Natal é uma data em que comemoramos o nascimento de Jesus Cristo. Na antiguidade, o Natal era comemorado em várias datas diferentes, pois não se sabia com exatidão a data do nascimento de Jesus. Foi somente no século IV, que o 25 de dezembro foi estabelecido como data oficial de comemoração. Na Roma Antiga, o 25 de dezembro era a data em que os romanos comemoravam o início do inverno. Portanto, acredita-se que haja uma relação deste fato com a oficialização da comemoração do Natal.
As antigas comemorações de Natal costumavam durar até 12 dias, pois este foi o tempo que levou para os três reis Magos chegarem até a cidade de Nazaré e entregarem os presentes ao menino Jesus. Atualmente, as pessoas costumam desmontar as árvores e outras decorações natalinas em até 12 dias após o Natal.

Do ponto de vista cronológico, o Natal é uma data de grande importância para o Ocidente, pois marca o ano 1 da nossa História.
A Árvore de Natal e o Presépio

Em quase todos os países do mundo, as pessoas montam árvores de Natal para decorar casas e outros ambientes. Em conjunto com as decorações natalinas, as árvores proporcionam um clima especial neste período.

Acredita-se que esta tradição começou em 1530, na Alemanha, com Martinho Lutero. Certa noite, enquanto caminhava pela floresta, Lutero ficou impressionado com a beleza dos pinheiros cobertos de neve. As estrelas do céu ajudaram a compor a imagem que Lutero reproduziu com galhos de árvore em sua casa. Além das estrelas, algodão e outros enfeites, ele utilizou velas acesas para mostrar aos seus familiares a bela cena que havia presenciado na floresta.

Esta tradição foi trazida para o continente americano por alguns alemães, que vieram moram na América durante o período colonial. No Brasil, país de maioria cristã, as árvores de Natal estão presentes em diversos lugares, pois além de decorar, representam um símbolo de alegria, paz e esperança.

O presépio também representa uma importante decoração natalina. Ele mostra o cenário do nascimento de Jesus, ou seja, uma manjedoura, os animais, os reis Magos e os pais do menino. Esta tradição de montar presépios teve início com São Francisco de Assis, no século XIII.

O Papai Noel : origem e tradição

Estudiosos afirmam que a figura do bom velhinho foi inspirada num bispo chamado Nicolau, que nasceu na Turquia em 280 d.C. O bispo, homem de bom coração, costumava ajudar as pessoas pobres, deixando saquinhos com moedas próximas às chaminés das casas.

Foi transformado em santo (São Nicolau) após várias pessoas relatarem milagres atribuídos a ele.

A associação da imagem de São Nicolau ao Natal aconteceu na Alemanha e espalhou-se pelo mundo em pouco tempo. Nos Estados Unidos ganhou o nome de Santa Claus, no Brasil de Papai Noel e em Portugal de Pai Natal.

Até o final do século XIX, o Papai Noel era representado com uma roupa de inverno na cor marrom. Porém, em 1881, uma campanha publicitária da Coca-Cola mostrou o bom velhinho com uma roupa, também de inverno, nas cores vermelha e branca (as cores do refrigerante) e com um garro vermelho com pompom branco. A campanha publicitária fez um grande sucesso e a nova imagem do Papai Noel espalhou-se rapidamente pelo mundo.
O que é o Natal?

O que é o Natal? É, antes de mais nada, a noite mais longa e o dia mais curto do ano. É a festa do

solstício de Inverno, celebrada (sob diversos nomes) pelos nossos antepassados e pelos

antepassados dos nossos antepassados, desde há milénios. Esta festa está perfeitamente

integrada na nossa cultura. Jamais nada nem ninguém conseguiu desenraizá-la. Ela é a própria

imagem da eternidade. É uma festa espontânea, quase instintiva. Podemos ver nela a imagem de um símbolo fundamental: a alternância dos contrários.
A festa da família. Por oposição ao solstício de Verão, cuja celebração é «aberta», a festa do solstício de Inverno é mais «fechada». Ela é, antes de mais nada, a festa de família. Influência evidente da época: quando faz frio, as pessoas juntam-se e aconchegam-se à volta do fogo. Mas a palavra família pode ter um sentido mais lato: Clã, comunidade, família espiritual (todos aqueles que têm de algo em comum). Em virtude deste aspecto «fechado», íntimo, o Natal implica o recolhimento, a doçura, a gentileza, a dádiva de si próprio.O momento em que tudo pára. Não sabemos se o sol voltará. Os processos de vida afrouxaram o seu curso. Os homens substituem-se ao astro luminoso que já não os aquece mais. Reúnem-se para ajudar a lançar um novo começo. Uma antiga tradição pretende que, durante os Doze Dias, nada gira (que ninguém teça, que ninguém lave a roupa, etc.). Trata-se de fazer um regresso sobre si mesmo, de fazer um balanço, um exame de consciência, para depois tornar a partir, como o sol, para um novo ano.A festa do que recomeça. Em Roma, a figura do deus Janus abre o novo ano. Poderíamos também evocar Dyauh ou Heimadllr. É sempre a mesma ideia de uma equivalência entre aquilo que se fecha e aquilo que se abre, entre aquilo que se acaba (o ano passado) e aquilo que começa (o ano que vem). As duas velas de Jul são o símbolo disso. A certeza do Eterno Retorno: o que tem sido será, o que foi voltará, etc. O passado é a memória do futuro. Mas este regresso não é apenas uma simples repetição. Da mesma forma que tradição é um molde para as inovações, também tudo muda no interior de uma estrutura idêntica. O passado dá exemplos, mais do que modelos. É sempre o mesmo sol, mas também nunca mais será o mesmo sol. É sempre o mesmo homem, mas não serão jamais os mesmos homens. Tudo está em constante mutação.A festa da recordação. Porque justamente tudo retorna, é preciso que nos lembremos daqueles que nos precederam. Antes deste solstício, outros solstícios tiveram lugar. Alguns deles foram particularmente marcantes. Solstícios de alegria, mas também solstícios de dor. Solstícios de província e de aldeias anónimas. Solstícios de florestas profundas, onde a gente se reconhece na noite espiritual, à única luz das tochas de esperança. Solstícios de combate, de sofrimento, de destreza. Esta a recordação dos nossos antepassados, sem os quais nós não existiríamos. E também dos ausentes, dos desconhecidos, que pertencem à nossa família espiritual. Por fim, a recordação dos que ainda não estão connosco (o futuro).A festa daquilo que não morre. Sim, durante a noite tudo parece negro e sem vida, mas a noite também é uma promessa. Esta promessa é a sua verdade profunda. Porque é sob o gelo, a vida apresta-se a renascer, as plantas a brotar, os ribeiros a correr. Uma renascença está em segredo em andamento. Do Inverno renascerá não somente a próxima Primavera, mas sim milhares e milhares de Primaveras que se lhes seguirão. Devemos ser como esta imagem: uma promessa de luz, no mais escuro da noite. Ser o compromisso do futuro.Uma festa essencial. Não somos daqueles a quem a vida activa faz esquecer as festas, ou dos que não celebram os ritos. Nós integramo-los na nossa vida quotidiana, damos-lhe o seu verdadeiro sentido. Porque a festa é indissociável da nossa maneira de ser. Ela é inseparável da vida, e as ideias verdadeiras só o são quando vividas. A convicção não chega. As boas ideias não chegam. Temos em casa bons livros, bons jornais, está certo. Mas isto não é nada se, por altura do Natal, a casa em que vivemos está vazia. Vazia de coroas de folhas, vazia de um pinheiro, de visco, de azevinho, de velas, etc. Aquele que não compreende que o estilo de vida conta mais que a própria vida e aquilo que dela se faz, esse não compreende quase nada.Amanhã. Não vivemos uma página luminosa, uma página solar da nossa história, mas uma página sombria, negra e gelada. Vivemos o inverno do pensamento. Clamamos a primavera da renovação! No Natal, festejamos os verdes (os evergreen). As árvores que podem permanecer elas mesmas, e continuam a transformar-se, quando passam as estações — e que as outras murchem. Sejamos também os sempre-verdes. Saibamos permanecer nós mesmos e transformar-nos ao mesmo tempo. Sejamos o símbolo vivo das certezas reencontradas. O sol voltará!